Jardim Gonçalves: "Só tenho adversários sem escrúpulos"
O antigo presidente do BCP diz no livro "Jorge Jardim Gonçalves - O Poder do Silêncio" (ed. D. Quixote), que não tem "inimigos, só adversários sem escrúpulos". Quase sete anos depois de ter abandonado o banco que ajudou a fundar, Jardim Gonçalves revela, no livro, a sua versão da ascensão e queda do BCP.
Na biografia, da autoria de Luís Osório, e que envolveu cinco anos de conversas, Jardim Gonçalves adianta que foram muitos os que se aproveitaram da alteração da estrutura acionista do banco.
"Arrisco dizer que não tenho inimigos, só adversários sem escrúpulos. O que Sócrates tinha contra mim? Nada. Mas fez muito contra mim. E Constâncio? Nada tem. E contra mim o que fez? Tudo. Como Carlos Tavares, Miguel Sousa Tavares e Marcelo Rebelo de Sousa que, semanas a fio, me atacaram com uma agressividade suspeita. O que tinham contra mim? Rigorosamente, nada. Quanto ao Ricardo Salgado tratou-se tão somente de aproveitar o momento para que o BES ultrapassasse o BCP e se tornasse um banco predominante. Todos defendiam os seus próprios interesses e amizades", adianta numa das passagens do livro.